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terça-feira, 14 de junho de 2011

Cambodia - Parte 2

No nosso ultimo dia em Angkor, nos acordamos bem cedo e fomos pro parque pra ver o sol nascer. Quando saímos da guesthouse o dia já estava meio claro mas ainda chegamos a tempo de ver o sol bem baixo, pertinho do templo de Angkor Wat. De lá vimos os outros templos que ainda nao tinhamos visto. Um deles era um que tem uma árvore bem em cima da entrada do templo, com as raizes atravessando as pedras do templo. Os outros eram também muito legais, parecidos entre si mas diferentes dos que vimos nos outros dias. Acabamos de ver tudo ainda pela manha e voltamos pra guesthouse pra dormir um pouco e descansar, já que depois de três dias andando tanto pelos templos, estávamos quebrados. Então arrumamos as malas e compramos a passagem para Phnom Phenh, mais tarde jantamos lá mesmo na guesthouse e capotamos.

Então saímos cedo na manha seguinte e viajamos o dia todo de ônibus. Chegamos em Phnom Phenh no fim da tarde e pegamos um tuk-tuk pra guesthouse. Mais tarde só jantamos e fizemos os planejamentos pros próximos dias na cidade.

Logo de manha cedo corremos para a embaixada do Vietnam para pedirmos o visto. Depois do almoço seguimos para uma antiga escola que foi transformada em prisão pelos ditadores que controlaram o pais na década de 70, quando mais de 2500 milhões de pessoas foram presas, torturadas e exterminadas. Isso foi feito numa tentativa  de ter um pais comunista agrícola. Os primeiros a serem assassinados foram os governantes, estudiosos e celebridades. Um verdadeiro holocausto, 1/3 do pais foi morto. Esse episódio na história do pais foi chamado de Kmer Rouge.
Hoje em dia a S-21, como era chamada a prisão, é um museu onde mostram fotos dos prisioneiros que passaram por lá, as torturas que eles receberam, como os prisioneiros viviam lá dentro e como dentre milhares de pessoas somente 7 sobreviveram. Bem interessante!!
 
De lá paramos num shopping pra almoçar e passamos no mercado central da cidade. Mais tarde a noite fomos em na lan house da guesthouse pra liberar espaço nos cartões de memória das máquinas fotográficas. Enquanto usávamos o pc deu pau e obviamente o cartão também. Bom, depois da maior briga com o povo da guesthouse, resolvemos procurar outro lugar pra ficar. Achamos um hotel por quase o mesmo preço mas um quarto e um hotel muito melhores. Jantamos nesse hotel mesmo e voltamos pra dormir a ultimo noite já paga na guesthouse.

No ultimo dia fomos ao "Campo de matança" (Killing Fields), onde os prisioneiros da prisão S-21 eram levados para serem executados. É bem triste ver as covas enormes onde foram encontrados centenas de corpos juntos. Inclusive crianças ao lado das mães, bebes e vários corpos decaptados. Nesse campo víamos pedaços de roupas e ate de ossos saindo do chão. Ainda tem covas sendo escavadas e outras que ainda nem foram abertas, por isso, as vezes quando chove varias dessas coisas vem a superfície. Lá também tem este memorial  as vitimas, na foto abaixo,  com 8000 crânios encontrados nas covas daquele campo. Observe dentro do vidro.

A tarde, arrumamos as malas, planejamos o que iríamos fazer no proximo pais, Vietnam e pesquisamos sobre como chegar em Macau, pais que adicionamos já no meio da nossa tour. Também compramos o trem para Saigon, pra onde viajamos na manha seguinte.


Renner & Ane Gimenes
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sábado, 4 de junho de 2011

Cambodia - Parte 1

No trem a caminho de Bangkok, nós esperávamos chegar por volta das 11 da manha, porque na ida pro Laos, foi isso que aconteceu. Porém, contudo, entretanto, as 6 e pouco da manha passa o tiozinho do trem acordando todo mundo, falando Bangkok, Bangkok!!! Então lá estávamos nos, as 6:30 am em Bangkok. E já que teríamos que pegar um ônibus pra ir pra Cambodia, resolvemos aproveitar que estávamos bem cedo na cidade e irmos pra rodoviária direto. Assim não teríamos que passar uma noite em Bangkok só pra pegar o ônibus de manha cedo.
Obviamente que alguma coisa tinha que dar errado, como sempre exige meu colega Murph, e pegamos o ônibus no sentido errado da rodoviária, o que nos fez perder mais uma hora. Na rodoviária compramos um ônibus que iria sair em 15 minutos então não tivemos que esperar muito, compramos umas besteiras pra comer de café da manha e já fomos pro busao.
A viagem foi tranqüila e chegando na cidade tivemos que pegar um tuk-tuk ate a fronteira. No caminho conhecemos um casal de amigos canadenses e atravessamos a fronteira juntos. Nos já tinhamos o e-visa, então foi bem tranquilo pra entrar e já em Cambodia fomos pegar um busão pra Siem Reap, nosso próximo destino no pais.
Pegamos um "ônibus gratuito" ate a rodoviária e lá confirmamos o que tinhamos lido no guia, o ônibus te leva ate a rodoviária onde voce só tem a opção de pegar os ônibus deles, que obviamente são mais caros do que deveriam.
Saímos da rodoviária a procura de outro ônibus ou um taxi que nos levasse pra cidade e o que não foi uma surpresa foi o cara da rodoviária andando atras de nós. Andamos dois quarteirões ate uma avenida e de lá tentamos pegar um taxi. Todos os taxis que paravam, o cara atras de nos falava na língua deles e o taxista nao fazia mais barato que a rodoviária cobrava.
Depois de pela menos meia hora andando, discutindo e barguanhando conseguimos um ônibus .... Pra nos quatro!!!  A lá fomos nós 4 dentro de um ônibus vazio ate a cidade onde queríamos ir.
Chegamos em Siem Reap no meio da tarde e fomos procurar acomodação. Rodamos um pouco só e já achamos um bem bonzinho, com café incluso e tal. Deixamos as coisas e já fomos comer porque estávamos morrendo de fome !!! A janta foi bem boa, comemos comidas típicas Cambodianas e experimentamos uma das cervejas nacionais, enquanto batíamos um papo com os canadenses. Alias, a cerveja Angkor foi uma das melhores que tomei aqui na Asia, pelo menos melhor que as Tailandesas e com certeza melhor que a do Laos.

E depois desse dia longo voltamos todos pra guesthouse e fomos direto pra cama já mortos de cansaço.

No dia seguinte os canadenses foram pra outro hotel e nós fomos pesquisar  preço e como ir para as ruínas dos templos de Angkor. A Ane já não estava se sentindo muito bem, gripada desde o dia anterior de manha, entao decidimos deixar pra ir pros templos nos próximos 3 dias de bicicleta, assim a Ane poderia se recuperar e poderíamos ver um pouco da cidade naquele dia.
Fomos ao mercado da cidade e não vimos lá muita coisa interessante a não ser as lembrancinhas que eles vendem em todo lugar. A noite fomos jantar na "rua dos bares" como é conhecida. Essa rua tem algumas dezenas de barzinhos e restaurantes, alguns mais pros jovens, outros mais pros mais cheios da grana, mas é um lugar bem legal, de dar inveja em muita cidade turística brasileira! Resolvemos comer no mexicano, já que estávamos um pouco enjoados da comida asiática. Foi uma boa idéia!

Saímos pedalando depois do café a caminho do parque de Angkor. Logo no começo, ainda na cidade a Ane caiu duas vezes e foi o resto do caminho reclamando bastante da bicicleta. Na entrada do parque, pagamos o ticket para 3 dias de visita e pagamos o preço mais absurdo de toda a nossa viagem ate agora, e provavelmente do resto também.  
Pedalamos mais um pouco e chegamos na primeira ruína. Um templo em formato de pirâmide. Bem interesante! De lá já chegamos no principal templo de todo o parque, Angkor Wat. Vimos todo o interior do templo a única coisa que estragava eram umas telas verdes cobrindo algumas partes por causa de restaurações nas ruínas. É tudo muito legal lá, muito interessante você pensar a quanto tempo aquelas construções estão ali e praticamente intactas.


De lá partimos pra cidade murada de Angkor Thom. Também tinham muitos templos interessantes como o Bayon, um templo com varias torres, e com a cara do rei nos quatro lados de cada uma delas. Deve ser bem assustador entrar numa cidade e ver a cara do dono da cidade em cada poste, olhando pra você !! Depois acabamos vendo outras ruínas inclusive varias com estatuas de elefantes que nao são muitos comuns. Bom, pro povo daquela época dessa região era sim! O resto acabou sendo mais do mesmo, com algumas diferenças aqui e outra ali, mas nada demais.
Na volta, quando começamos a pedalar mais, a Ane voltou a reclamar da bike, ate que paramos pra ver e percebi que o pneu de trás já esta a praticamente no chão, nem mucho  estava mais! Então lá fui eu com a bike ferrada e ela com a minha, e obviamente toda feliz, só porque conseguia ir mais rápido que eu! rs
Chegamos mortos na guesthouse e tomamos um banho, seguimos pro restaurante, jantamos e fomos direto capotar.

Acordamos cedo só pra ver que estava caindo o mundo lá fora, ai só colocamos o despertador pra mais tarde e já era, dormimos de novo! Quando acordamos a chuva já tinha parado mas o tempo continuava fechado e as ruas cheias de poças. Então achamos melhor pegar um tuk-tuk ao invés de pedalar nas poças e debaixo de chuva. E foi o que fizemos, achamos um na rua, barganhamos e fomos ver as ruínas dos templos mais antigos, datados por volta de 800 DC.
Vimos os 3 templos daquela região que são bem parecidos entre si mas bem diferentes dos outros do parque principal.  Depois, foi pra lá que o tuk-tuk nos levou, pra vermos mais alguns templos. Paramos pra almoçar e seguimos pros templos. Esses templos já eram um pouco mais diferentes dos outros que já tínhamos visto. Também por ter muito verde dentro dos templos e ser muito antigo, o que podemos ver hoje em dia é um obra-prima! Troncos de arvores que mais parecem ter saído de dentro dos muros e paredes do templo. E são varias assim em cada um dos templos. Muito legal!
Já quase no fim da tarde, fomos pra Angkor Wat novamente, mas dessa vez pra ver o por-do-sol. Com uma coloração diferente e com o reflexo no lago em frente, tivemos uma ótima oportunidade para fotos lindas. Quando o sol se vai, o templo fecha e tivemos que voltar pra guesthouse nessa hora. A noite só jantamos no hotel mesmo e nem saímos mais de lá.




Renner & Ane Gimenes
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