terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Egito - Parte 3


Chegamos a noite em Luxor e achamos um hotel bem meia boca, e acabamos ficando lá porque já estava tarde pra ficarmos andando procurando hotel. No manhã seguinte já encontramos um bem melhor e já mudamos. Esse hotel tinha um restaurante na cobertura e uma vista incrível da cidade lá de cima. A tarde fomos no Templo de Luxor, que era bem na frente do hotel. O templo era bem bonito, cheio de colunas com hieróglifos e na luz do fim de tarde ficou ainda mais bonito, pelo menos ao vivo, porque nas fotos, nem tanto. Na frente do templo tem uma estátua bem grande de um faraó e dali se estende uma rua com várias esfinges de cada lado e a rua segue assim com as enfinges por dezenas de metros. Já quase a noite voltamos pro hotel depois de dar uma passeada pelo souq, mercado árabe no centro da cidade.

Templo de Luxor
Logo cedo pegamos um tour do hotel para os vários templos do outro lado do Rio Nilo. O primeiro lugar foi o Vale dos Reis, onde ficam as tumbas de vários faraós importantes do Egito. Visitamos algumas dessas tumbas que eram um corredor que ia descendo pra dentro da terra até achar uma sala que continha o sarcófago do faraó. E em todas que fomos, esse corredor era todo desenhado com ilustrações da passagem dos faraós para o mundo dos mortos até que na última sala, os desenhos eram deles se encontrando com os deuses que viviam lá nesse outro mundo, de acordo com o que o guia nos ensinou. A tumba do faraó mais conhecido, Thutankamon, que morreu ainda menino estava fechada e não pudemos ver de onde vieram todos os pertences dele, que vimos no museu do Cairo. Mas as outras tumbas que vimos já valeram a pena porque também eram lugares muito interessante de se visitar, além de se aprender muito sobre os costumes e as crenças desse povo só pelos desenhos deixamos lá a milhares de anos atrás.

Também visitamos o Vale das Rainhas, que é um lugar parecido com o Vale dos Reis, mas com tumbas das mulheres dos faraós, que eram menores e com menos desenhos pelas paredes, pelo fato de serem menos importantes que os próprios faraós, na visão deles. Uma curiosidade é uma rainha que se tornou faraó, um título até então somente dado a homens. Ela mudou as regras se auto proclamando "rei" e faraó, e consequentemente teve sua tumba construída no Vale dos Reis e não no Vale das Rainhas. Outro templo que visitamos foi o de Hatshepsut, essa faraó mulher, (*por descrição) que era bem grande vendo pela maquete que tinha na sala de informações na entrada do templo, mas hoje em dia só metade de tudo aquilo ainda estava de pé, mas ainda assim é um templo bem grande, com grandes rampas de acesso para a parte superior e grandes estátuas em frente das colunas que sustentam esse piso. Grandes salões, uns abertos e outros cobertos e uma vista de quase tudo que hoje é a cidade de Luxor. Por fim, já no caminho de volta, passamos pelas grandes estatuas Menon, que marcam a entrada dos Vales, região das tumbas dos faraós.
Voltamos para o outro lado do Rio Nilo, para a cidade, e fomos almoçar uno meio da tarde. Como já tinhamos andado desde cedo e estava um calor insuportável, tipo uns 45 graus, fomos dar uma cochilada. Acordamos as 11 da noite, ai jantamos umas bolachas e depois de um tempinho fomos dormir de verdade. Acho que estávamos bem cansados!!
Templo de  Hatshepsut
No outro dia de manhã fomos para o Templo de Karnak, que é um complexo bem grande, com muitas salas, muitos corredores que ligam umas salas nas outras, a maioria delas com colunas nas laterais por todo o caminho. Outra coisa que também tem bastante além dessas colunas, são os obeliscos. Templo bem interessante, mas que não  chamou tanta atenção porque tudo era muito parecido com o que já vínhamos vendo na ultima semana pelo Egito. O resto do dia só aproveitamos para pesquisar, planejar e ficar só descansando com ar condicionado do hotel, hehe.
No Templo de Karnak
Na manha seguinte, fizemos planejamento financeiro e pesquisamos mais um pouco alem de arrumarmos as malas. Depois do almoço só ficamos na net num restaurante e depois fomos pra "rodoviária", porque não conseguimos de jeito nenhum comprar bilhete de trem para a volta pra Cairo, o que seria muito mais confortável, então não teve jeito, fomos de busão mesmo. O ônibus não era nem um pouco confortável, mas foi o que tivemos para dormir naquela noite. Além dele parar a cada duas horas, o que numa viagem de 12 horas alonga muito a jornada, tocou música árabe a todo volume durante toda a noite, e ao mesmo tempo que tocava música, passava um filme em francês, com legenda em árabe, e com volume alto também. Ou seja, o barulho era insuportável! A viagem foi dura!

Chegamos e fomos pra um albergue em Cairo, no mesmo prédio de outro que ficamos antes, mas que estava cheio naquele dia. Como não  tínhamos dormido bem a noite, no ônibus, dormimos ate meio dia no albergue e depois ficamos terminando de decidir como iríamos viajar pela Europa, de um pais pro outro, se de trem ou de avião. No fim compramos a passagem de avião, e saímos pra comprar uns cartões postais do Egito que ainda não tínhamos achado.

Renner, arrasando na dança do ventre!!!!
No fim da tarde fomos fazer um passeio de barco pelo Rio Nilo, onde tambem era servido jantar e teve apresentações de dança. Achamos que ia ser um passeio romântico, mas caímos do cavalo quando o motorista que nos levou do hotel até o barco também entrou no barco e sentou junto com a gente em uma das mesas. Quer dizer, ainda tivemos um vela ali na mesa com a gente a noite toda! Mas tudo bem, resolvemos aproveitar o que tinhamos, fomos pegar a comida quando serviram o jantar mas não estava lá tão boa. Depois da janta começou a apresentação de danca do ventre que foi até legal, principalmente nossa participação lá na frente de todos quando a dançarina nos levou pro "palco". A dançarina, segundo a Ane que ja praticou essa dança, não era uma expert do assunto, ainda mais por estar ali se apresentando para turistas, ela se vestia mais vulgarmente do que seria o tradicional.

A dança do ventre veio do Egito, mas hoje em dia por ser um pais árabe, portanto muçulmano, as dançarinas são discriminadas e com excessão da dançarinas mais velhas e conhecidas por todo o público, as demais só conseguem trabalho voltado para o turista ou no lado do entretenimento adulto.
Depois da dança do ventre, veio uma dança chamada Sufi, que era um cara com uma roupa que mais parecia uma saia e ele ficava o tempo inteiro rodando e fazendo varias coisas enquanto rodava, tipo servir água num copo sobre uma bandeja. Também teve uma interação com o publico, com brincadeiras e um anão dançando também, então foi mais uma atracão interessante e divertida, além de ser uma dança tradicional da cultura egípcia. E tudo isso com o barco subindo e descendo o Rio Nilo com uma vista noturna incrível da cidade de Cairo.
Ane dando um show... de como passar vergonha em público!!!
No nosso último dia no Egito e no Oriente Médio, saimos do albergue cedo, deixamos as malas por lá e fomos novamente pro Khal El Khalili, um dos mercados mais antigos e tradicionais do mundo árabe, daqueles que se acha de tudo relacionado com a cultura tradicional egípcia. Lá compramos algumas lembrancinhas e andamos vendo as lojas e os produtos que eles vendem e que o povo egípcio compra tanto, porque o lugar esta sempre cheio. No fim da tarde, voltamos pro centro para pegar as malas no albergue e seguimos pro aeroporto. Pra voltar pro aeroporto, achamos facilmente o ônibus, ao contrário da chegada que andamos de um lado pro outro sem achar esse ônibus. Só que esse foi o ônibus mais sujo que já entramos na vida, e olha que passamos por uns bem ruins durante essa viagem, isso sem falar no calor infernal que fazia naquele lugar, e o ar condicionado do ônibus, obviamente não funcionava. Também presenciamos uma mulher que usava véu sobre o rosto no maior dos amassos no ônibus com quem supomos que seja seu marido! Muito contraditório, pra nossa cabecinha ocidental!!! Chegando no aeroporto foi tudo bem, pegamos um vôo tranquilo, onde dormimos o tempo todo, apesar de serem só algumas poucas horas.

E assim terminou nossa passagem pelo Oriente Médio, um lugar que ouvimos falar geralmente pelas guerras e desgraças que acontecem por lá, mas que guardam inúmeras belezas naturais, que no nosso caso foram totalmente inesperadas, e muitas belezas culturais que nos cativaram. O Oriênte médio realmente nos encantou e vai deixar saudades! Sem contar as pirâmides que já sabíamos que ia ser super legal ver aquilo de perto, e realmente foi!!


Renner & Ane Gimenes



Um comentário:

  1. Adorei ler sobre sua visita ao Egito. dever ser muito lindo mesmo! Adoro lugares com história! Gostei demais das fotos e amei ver o Renner dan;cando dança do ventre!! rsrsrs Mas aquela noite no onibus, ouvindo música árabe a todo volume durante toda a noite, e ao mesmo tempo um filme em francês, com legenda em árabe, e com volume alto deve ter sido horrivel, né??? rsrsrsrs Amo voces!

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