Hong Kong

Fomos pra Hong Kong já sabendo que faríamos uma viagem diferente naquele pais. Seria a primeira vez que faríamos Couchsurf (http://www.couchsurf.org).
Basicamente o couchsurfing, que hoje também já é bem usado por brasileiros dentro e fora do Brasil, é uma comunidade de pessoas que oferecem ou pedem um um sofá (ou cama) pra dormir na casa de alguém. As pessoas que tem um quarto ou um sofá de sobra em casa geralmente recebem estranhos dentro de casa pelo simples fato de ajudar uma outra pessoa e pela oportunidade de conhecer pessoas de outros países e culturas.
Bom, já tínhamos pedido pra ficar na casa de outras pessoas em outros países antes, mas em Hong Kong foi nossa primeira resposta positiva. Um meio chinês, meio alemão com avó brasileira nos convidou para ficarmos dois dias em sua casa. E assim vindo da China foi nossa chegada em HK, na casa de um estranho, esperando que pudéssemos conhecer mais do pais e da cultura de lá.
Desembarcamos no aeroporto de HK, na ilha de Lantau, e foi lá que nos encontramos com Joerg, nosso host. Ele é um cara legal e muito educado, com uns traços meio de mestiço (como a Ane), mas alto como os alemães. O Joerg nos mostrou uma Hong Kong diferente, cheia de natureza, touros andando soltos pelo bairro, ar puro, poucos carros pela rua. Completamente diferente do centro da ilha de HK. A casa dele era de frente pra uma pequena praia, bem tranqüila onde umas 6 da manha ele ia fazer yoga! No outro dia nosso amigo nos levou pra conhecer uma vila de pescadores, que parecia ter sido tirada do túnel do tempo, e também visitamos um dos cartões postais de HK, o Grande Buda. Uma estatua do buda sentado bem grande, como o próprio nome diz, no topo de um morro. Um ótimo local pra se visitar, também pelo restaurante vegetariano do templo budista no local. A Ane adorou!
No dia seguinte fomos para a ilha de HongKong, no centrão mesmo. Lá pudemos perceber o contraste que existe lá, com as ruas cheias de gente e comércio pra cima e pra baixo, foi legal estar no meio daquela loucura toda. Os shoppings estão em cada quarteirão, mesmo nas ruas onde existe as feiras livres, com artesanatos e souvenirs para os turistas.
A noite vimos o show de luzes do porto. Com a sinfonia de luzes, como é chamado o show, a cidade parece estar viva. No porto se pode ouvir a música e do outro lado da água os mais de trinta prédios começam a piscar as luzes acompanhando a música. Muito interessante, principalmente pra quem gosta de cidade grande como a gente !!!
No últimos dia fomos no museu Madame Tussaud. São vários bonecos de cera de celebridades, só que por ser em HK, obviamente, tinha várias celebridades chinesas que não fazíamos a mínima idéia quem eram. Vimos as outras celebridades e tiramos varias fotos pra tentar lembrar da perfeição com que eles fazem esses bonecos.
No mesmo lugar onde fica esse museu, que é no topo de uma montanha, tem um observatório, com vista pra toda HK. Uma vista espetacular, principalmente a noite, onde se pode ver as luzes ate dos menores prédios. E pra terminar, no caminho de volta, pegamos o bonde que sobe e desce o morro, e que foi usado por mais de 100 anos como transporte publico.
Em Hong Kong a alimentação não foi tão difícil como na China (continente). A variedade era grande, podíamos escolher entre comida típica chinesa, lanchonetes ocidentais, restaurante italiano, japonês, australiano. Alem do mais era muito fácil fazer o pedido já que todos falavam um bom inglês! Assim começamos a nos alimentar melhor, mas pro Renner foi um pouco tarde pois já tinha pego uma gripe! Todo o tempo que ficamos lá ele passou gripado, mas ainda bem que nosso anfitrião falava chinês e nos ajudou a comprar remédio.
Mesmo gripado, pudemos aproveitar bastante. Hong Kong é um lugar muito interessante, uma cidade moderna com todas as facilidades, o povo é bem educado, falam inglês bem, achamos a cidade limpa e bem conservada. Mesmo a noite andamos pelas rua e pegamos ônibus tranqüilamente, sem nenhum perigo. Resumindo, HK é muito diferente da China, apesar de teoricamente serem o mesmo país!!

Após 4 dias muito agradáveis em Hong Kong, pegamos um avião pra Kuala Lumpur! E agora começa o grande desafio: a viagem pelo Sudeste Asiático!!

Renner & Ane Gimenes
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China - Pequim(Beijing)

Passado o susto das primeiras impressões, China é um pais muito interessante. Uma cultura milenar da qual podemos aprender muitas coisas.

Começamos nossa estada em Beijing, como é conhecida fora do Brasil, visitando o Templo do Céu. Um parque muito grande com vários templos onde os imperadores da antigüidade iam pedir a benção sobre as colheitas. Como os imperadores tinham acesso a todo os templos, o povo obviamente era proibido de entrar. Isso ate algumas décadas atras quando todo o parque foi aberto ao publico.
Publico esse que hoje em dia é basicamente turistas principalmente de dentro da própria China.
Perto desse templo também fomos em um calçadão, onde circula um bonde indo do começo ao fim da rua. Essa rua é cheia de lojas de roupas, de marcas caras e conhecidas de todo o mundo, lojas de doces, lanchonetes estrangeiras, restaurantes e principalmente lojas de souvenirs. Com lembrancinhas de todos os jeitos, tamanhos e preços.

Depois de vermos a arquitetura muito bonita dos templos e construções antigas, fomos tentar comer alguma coisa. Em todos os restaurantes que fomos víamos coisas muito bizarras no menu como língua de touro, bucho de porco, cabeça de peixe, ovo em conserva(preto e podre,rs) então era bem difícil escolher alguma coisa pra comer. Acabamos que a Ane pedia uns pratos de arroz com vegetais e eu acabava tendo que pedir frutos do mar, porque as carnes eram todas de origem desconhecida, pelo menos por nos que não entendíamos o menu.

Lá pelo terceiro dia mudamos para um outro albergue que tinha restaurante onde começamos a pedir pasteizinhos chineses (dumplings) e rolinhos primavera.

Nesse albergue pegamos um tour pra subir a grande muralha da China. Saímos bem cedo com a van cheia e pegamos um belo trânsito porque era feriado nacional. Depois de algumas horas começamos a subir e parecia que nunca pararíamos de subir. Descobrimos o porque do trecho que visitamos não ter muita gente, era muito íngreme!!!

Mesmo com as pernas doloridas, aproveitamos ao máximo, tiramos muitas fotos e curtimos a paisagem. Mesmo tendo gostado muito, não achamos tao deslumbrante como nas fotos que nós mesmo tiramos. Digamos que a muralha é bem fotogênica.

Uma das coisas mais irritantes de ser um turista, é que as vezes as pessoas tentam tirar proveito de você. E em uma das torres da muralha, tinha uma escada de madeira para ter acesso ao topo da torre. Onde nos subimos pra tirar fotos, e quando descemos um velho chinês veio nos cobrar por ter usado a escada "dele". Ele nos mostrou uns rabiscos na parede, que segundo ele, avisava sobre a cobrança. Tentamos argumentar para não pagarmos, afinal estávamos num local publico, mas quando o velho começou a gritar num inglês tosco, e resolvemos seguir um conselho de um amigo bem viajado. As vezes é melhor evitar confusões e pagar, mesmo indevidamente, porque provavelmente esse dinheiro vale muito mais pra ele do que os 1 ou 2 dólares valem pra você. Então pagamos chorando e ele saiu sorrindo e agradecendo. Fora que depois ficamos sabendo que todas as pessoas do nosso tour, caíram no mesmo truque, rs.

Depois de descermos da muralha nos juntamos com o grupo novamente pra um almoço num restaurantinho bem ao lado da muralha. Comemos uns legumes apimentados, um ensopado de carne de não sei o que, arroz e mais umas coisinhas. Ate que estava bom!

No dia seguinte, como estávamos meio cansados e com as pernas doloridas pegamos leve durante o dia, mas a noite foi interessante. Fomos numa feirinha noturna, onde tinha artesanato, roupas, mas principalmente comidas exóticas. Tinha polvo, lula, cobra, rins, pintinho frito com cabeça e tudo, pênis de boi, escorpião, lagartixa, tudo no espeto e frito. Resolvemos experimentar o escorpião que não tem muita carne, e já ouvimos dizer que não é tão mal. Realmente, tem a textura de casca de camarão e um gosto um pouquinho amargo. Não comeria uma porção deles mas valeu a experiência! O engraçado é que percebemos que os chineses não comem essas coisas não! Quem come são os turistas! Mas cobra, polvo e pintinho eles comem!

Fomos também na famosa Cidade Proibida, que não é mais proibida, onde muitos filmes já foram filmados, principalmente os de Kung Fu! O lugar é muito bonito, com os telhadinhos característicos chinês, e seus muitos templos e pátios. A única coisa meio chata é que por causa do feriado estava muito cheio, e as fotos acabaram sendo a maioria grupais! Mas valeu ter conhecido esse lugar histórico tão bonito.
Nesse mesmo dia a noite, tínhamos comprado ingressos para ver um show de Kung Fu. Era uma peça teatral misturada com artes marciais cheio de luzes e efeitos bem legais. O show mostrava a trajetória de um jovem monge desde sua infância enfrentando as dificuldades do treinamento ate conseguir atingir o posto de "monge mestre" do monasterio. E durante o treinamento foram mostrados as lutas com os diversos estilos de Kung Fu.
Foi um ótimo show, que nos fez terminar nossa estada na China em grande estilo. Gostamos muito do pais apesar das dificuldades encontradas na hora de comer ou simplesmente de falar com os chineses, porque poucas pessoas falam bem inglês, ou falam alguma coisa de inglês. Ficamos com vontade de conhecer outras cidades como Sanghai e Xi'an mas quem sabe na próxima visita!!
E no dia seguinte lá vamos nos pra Hong Kong !!

Renner & Ane Gimenes
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Japão - Hiroshima, Osaka, Kyoto e Tokyo

Chegamos em Hiroshima esperando uma cidade velha, subdesenvolvida e com vestígios da bomba. Pra nossa surpresa a cidade era comparável a muita cidade grande no Brasil. Muitos prédios altos, shoppings, e o único vestígio da bomba de quase 66 anos atras é um antigo prédio da prefeitura da cidade que virou um monumento preservado ate hoje. Toda a cidade começou a ser reconstruída logo em seguida da bomba como vimos no museu da paz, no local.
Apesar da história triste da cidade, saímos de lá bem contentes por conhecido esse pedaço da história mundial e surpresos com tudo que vimos por lá. E partimos pra Kyoto, primeira capital japonesa.
A primeira vista Kyoto é bem parecida com qualquer cidade japonesa, grande, desenvolvida, cheia de gente e prédios. Depois de andar um pouco pela cidade, você começa a ver a história da cidade aparecer na sua frente. Casinhas tradicionais de madeira uma atras da outra em todas as vielas do bairro. Hoje a maioria virou casas de chá ou restaurantes, os dois freqüentados somente por convidados ou conhecidos. Nada de turistas ou mochileiros como nos por lá.
Durante a noite pode-se ver algumas mulheres vestindo kimonos e andando entre as casas de chá. Esse bairro, chamado Gion, já foi conhecido como o distrito das Gueixas. As mulheres que vimos não tinham maquiagem de gueixa, apesar de estarem vestidas como uma, talvez fossem maikos, aprendizes de gueixas.
Também visitamos o pavilhão dourado, um castelinho bem típico japonês, só que todo banhado a ouro. A vista que se tem do outro lado do lago, em frente ao castelo, é muito linda, principalmente com o reflexo do castelo na água.
Ainda em Kyoto, visitamos o Templo Inari. Esse é mais conhecido por filmes, como o Memórias de uma Gueixa. Uma seqüência de 1300 portais laranja com inscrições japonesas subindo a montanha, ligando os templos na base ate os outros vários templos espalhados pela montanha.
Resolvemos passar uma noite em Osaka, já que estávamos tão perto, e valeu a pena ! Gostamos muito da cidade, que é a segunda maior cidade do Japão, coisa que também não sabíamos.
Lá visitamos o castelo de Osaka, com várias armaduras de samurais no museu dentro dele. Durante a noite fomos num prédio que tem um mirante 360 graus no topo. A noite a vista era linda !!! Gostamos muito da cidade, talvez ate mais que Tokyo, que por ser enormemente grande, tem tudo muito espalhado, o que torna a vida do turista bem mais difícil.
Voltamos pra Kanagawa na casa do tio Shodi. Fomos num templo chamado Samukawa Jinja, pertinho da casa dele, e muito bonito. E lá experimentamos takoiaki, um bolinho com polvo dentro. É .... Não curtimos muito, apesar de ser bem famoso no pais.
Por fim voltamos a Tokyo para os dois últimos dias no Japão. Visitamos a Tokyo Tower, símbolo da cidade que é replica da torre Eifel, alguns metros mais alta, com 333 metros. Já foi destruída varias vezes em todos os seriados de herois japoneses desde o Godzila ate os Power Rangers.
Visitamos dos parques da cidade, comemos mais sushis e vimos mais alguns pontos de Tokyo antes de deixarmos a terra do sol nascente para a terra do Kung Fu. Panda(?!?)
Gostamos muito do pais, admiramos o respeito mutuo dos japoneses e toda a estrutura e como tudo funciona mesmo numa época tão difícil pra todo o pais.
Vamos embora com aquele sentimento de quem um dia vai voltar. Pelo menos essa é a nossa vontade.

Renner & Ane Gimenes
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Censurados na China

Hehehe. Aqui na China não da pra acessar Facebook, nem o nosso blog, nem Google, nem tweeter... Ainda bem q da pra postar no blog pelo email!
Essa censura é bem estranha pra nós, mas ainda bem que não esta atrapalhando nada. Outro dia numa "lan house" na rua conseguimos entrar no Google americano pq eles faziam mutreta, sempre se acha um jeito de burlar essas coisas. Mas aqui no hotel não tem isso não!

Estamos nos divertindo bastante, mas tbm exercitando uma virtude: a paciência !!! As pessoas aqui as vezes nos tiram do serio, são muito mal educados, empurram, cospem no chão , mas tudo é aprendizado e vamos nos lembrar achando graça disso no futuro.

Amanha de manha vamos na "Grande muralha da China"!! Q sonho!! Acho q vai ser muito bom!

Renner & Ane Gimenes
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