sábado, 25 de junho de 2011

India - Delhi

O avião chegou pouco depois das 2 da manha na India. Ate passarmos pela imigração, que levou um pouco de tempo, pegarmos as malas e sairmos era umas 3 da manha. E tinhamos que pegar o metro ate o centro de Delhi, que só começava a rodar de manha, as 6. Então resolvemos sentar e esperar no aeroporto, pegamos umas cadeiras de um cafe, encostamos na parede e tentamos dar uns cochilos ate de manha. Tinha tv ligada, passando notícias de uma rebelião que tinha acontecido durante a noite em Delhi. Que conveniente neh ?!?
Pegamos o metro quando amanheceu e fomos pro bairro Pahar Ganj, o centro dos mochileiros em Delhi. Saímos do metro, entramos na estação de trem, que era bem grande, e enquanto atravessávamos ate o outro lado, já tivemos uma idéia de como seria do lado de fora: Extremamente cheio de gente, sujo, fedido e muito quente!!! Ao sair da estação já chegamos na rua que procurávamos e foi exatamente aquilo que encontramos. Nós, por sermos brasileiros já estamos acostumados e ver lugares pobres, feios, sujos e muito lixo no chão, porém tivemos um choque ao ver as ruas daquela região. Pra se ter uma idéia, não tivemos coragem pra andar de chinelos na rua, com medo de machucar o pé ou pegar uma doença no lixo que cobre as ruas do lugar. Também vimos pelas ruas as vacas "sagradas" da India. Elas vagam pelas ruas e ninguém as incomoda, alguns ate deixam água pra elas beberem na porta de suas lojas. No Brasil temos muitos cachorros de rua que comem os lixos por ai, lá o que vimos foram as vacas "sagradas" comendo lixo que o povo joga nas ruas. Imagina se elas não fossem sagradas !!!
Bom, depois do choque inicial, chegamos ao Hare Krishna Hotel. Pegamos um quarto e já fomos logo capotando porque não tínhamos dormido nada durante a noite. E dormimos ate por volta da 13:00.
Depois do almoço fomos andando ate o Connaught Place, uma área da cidade que cresceu durante o domínio britânico na India. A praça no centro tem vários chafarizes e os prédios ao redor da praça redonda tem arquitetura britânica com vários arcos, bem diferente do resto da cidade. E apesar de ter revista e raio-x na entrada do parque e nao poder tirar fotos, ate que é um parque interessante de se visitar. Pelo menos é limpo e tranquilo. Depois da caminhada de volta num calor de 40 graus com o ar super seco, chegamos prontos pra tomar um banho, jantar e dormir !!

Depois de café, fomos pra estação de trem comprar a passagens. Compramos as passagens pra única categoria disponível. Povão, sem ar-condicionado. Já viu neh ?!?
Pelo menos foi fácil pra comprar porque o centro de informações ao turista é bem mais eficiente e rápido do que qualquer outro balcão de informação que encontramos no pais. E tem ar-condicionado !!!
Depois fomos para o Forte Vermelho, um dos pontos turísticos da capital indiana. Ficamos surpresos que o preço do rickshaw (tuk-tuk) foi fácil de ser combinado e quando chegamos no portão do forte entendemos o porque! Era segunda feira e o forte estava fechado!! Como já tínhamos perdido a viagem, decidimos andar um pouco pra conhecer a região ate chegarmos na estação de metro pra voltarmos pro Hare Krishna.
Na caminhada, vimos templos, casas, comércios, muita gente local e uma fração do que realmente é a vida em Delhi. Foi muito interessante!! De volta no hotel, arrumamos as malas da viagem do dia seguinte.

Saímos cedo do hotel, e fomos ver o India Gate (Portal da India). Estava bem quente e estávamos com as malas nas costas, mas mesmo assim conseguimos aproveitar um pouco e tirar umas fotos. Ate tiramos foto de uma família indiana a pedido de uma menininha, que ficou muito feliz em ver a foto na tela da máquina.

Almoçamos ali perto no Connaught Place e ficamos enrolando ate a hora do trem e durante esse tempo, conversamos com 4 pessoas sobre nossa viagem no pais. Ouvimos umas dicas e decidimos ir mais cedo pra estação de trem pra comprarmos as passagens pros outros trens que pegaríamos para outras cidades depois. E foi isso que fizemos e depois de comprar as passagens, fomos tentar descobrir onde era nossa plataforma pra pegar o trem. Parece uma tarefa fácil, mas que levou quase uma hora, o que fez com que chegássemos no trem 5 minutos antes da partida, que fez uma grande diferença.
Entramos no vagão, achamos nossa "cabine", que tinha lugar pra 6 pessoas, uma triliche de cada lado. Como ainda estava de dia, as duas camas de baixo nao estavam armadas, da do lugar para um banco. Que seriam pra duas pessoas, já que a cama de cima já estava pronta. Depois de mais de dois meses viajando no sudeste asiático, quase sempre de trem, já sabíamos como isso funcionava. Mas não sabíamos como as coisas funcionavam na India!!
Entramos e vimos 4 pessoas num banco de um lado e 3 pessoas do outro, e que contando com a gente seriam 9 pessoas num espaço para 6 !!!! Depois de 10 minutos tentando explicar pro povo que aquele era nosso lugar, decidimos simplesmente ir para as camas de cima, que estavam cheias de malas. Jogamos tudo no chão e ficamos por lá o resto da viagem, 12 horas ate a manha seguinte!!
Já tinhamos pego trens ruins antes mas nada se comparava aquele trem de Delhi. Era muito quente, alguns dos ventiladores estavam quebrados, tudo era sujo tanto que nem tivemos coragem de ir no banheiro, as camas eram tábuas forradas com colchonetes e os poucos turistas que tambem estavam lá, nao estavam perto da gente, que pareciam ser as únicas pessoas por lá que falavam inglês. O trem era lento, o barulho era bem alto e os ambulantes nao paravam de passar gritando "Chai, Chai, Chai"!!!
Da janela do trem quando vimos escrito "Varanasi" na estação não sabíamos se ficávamos tristes ou felizes por chegar lá...


Renner & Ane Gimenes
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quinta-feira, 23 de junho de 2011

China e Macau

Pegamos o trem com destino a Nan Ning, na China, na nossa ultima noite no Vietnam. O trem nao era nada mal, eram cabines pra 4 pessoas, e dessa vez quisemos ter um pouco de conforto e pagamos um pouquinho mais caro pra ficar nas camas de baixo. A viagem foi tranqüila, sem contar as duas vezes que tivemos que descer do trem no meio da noite. A primeira vez, por volta das 2 AM pra carimbar a saída do Vietnam, e uma hora depois, quando estavamos quase pegando no sono, tivemos q descer com toda a bagagem pra passar por um raio-x, que por sinal, tava desligado! Tudo bem, pelo menos voltamos logo pro trem e consegimos dormir ate chegar em Nan Ning, algumas horas depois.
Assim que chegamos fomos procurar um banco pra trocar dinheiro, e nos lembramos como era difícil achar quem falasse inglês na China! Depois de andar um tempo conseguimos trocar o dinheiro no Banco da China, e ai voltamos pra estação pra tentar descobrir onde comprar a passagem pra Guangzhou, de onde pegaríamos um ônibus pra Macau. Fomos umas 3 vezes no balcão de informações, que era a unica coisa escrita em inglês, perguntar sobre o trem. O atendente nao falava ingles e nos nao falamos chines, então imagina como foi fácil pra termos uma informação correta!! Ate tradutor do aplicativo de celular ele usou. Acabamos voltando varias vezes pra reconfirmar o que ele tinha falado antes e perguntar mais coisa que faltou perguntar. Que saudade do "i Site" da NZ (centro de informações turísticas) tao fácil e eficiente!! Enfim consegimos descobrir que a fila pra comprar a passagem era mesmo aquela quilométrica do lado de fora. Depois de mais de uma hora na fila só conseguimos comprar lugares ruins, as camas superiores da treliche. Pelo menos tinha vaga nos vagões com camas, melhor que ir 12 hrs sentados!
Almoçamos uma sopinha de macarrão estranha e fomos pra sala de espera aguardar o trem que saia as 7 da noite. Enquanto isso ficamos achando graça de como eles olhavam pra gente como se fossemos ETs, porque como a cidade nao é nada turística eles raramente vêem estrangeiros. E nós reparávamos na falta de educação deles, cuspindo no chão, jogando lixo e gritando com os outros!
Finalmente chegou a hora de entrar no trem , que nao era tao bom quanto o anterior mas nao era tao ruim assim. Pelo menos tinha umas cadeirinhas com mesa onde ficamos um bom tempo sentados conversando, já que nas nossas camas nao dava pra ficar sentados pq era muito perto do teto. Então dormimos ate que bem pra segunda noite de trem e de manha chegamos em Guangzhou. E começamos tudo de novo. Procuramos onde pegava ônibus pra Macau. Tambem nao tinha muita gente que falava inglês, mas conseguimos achar um balcão de informações que tinha uma mulher que falava. Ela nos instruiu a pegar metro que era ali mesmo e depois um ônibus que saia da frente de um hotel. Pra nossa alegria nao só o metro de Beijing mas do resto da China tambem funciona muito bem e é bem fácil de usar, então em alguns minutos estávamos na frente do tal hotel entrando no ônibus pra Macau. Ficamos vendo a cidade pela janela do ônibus e achamos engraçado como essa cidade era grande e moderna, com vários shoppings e hotéis de luxo dignos de uma capital, ate que era bonita. Enquanto Beijing, que tambem tem isso aparenta tao mais velha e mal cuidada. Acho que é o preço de ser uma terra milenar.
A viagem ate a fronteira com Macau levou 3 horas num ônibus super confortável, com vários chineses cheios da grana indo gasta-lá nos cassinos. Só tinha nos dois de estrangeiros, mochileiros, pobres e sem banho a dois dias!!!!
Quando o ônibus chegou no destino ficamos meio perdidos pq parecia uma rodoviária subterranea, e tava tudo em Chines. Achamos um caminho que nos levou pra dentro de um shopping e aproveitamos pra tomar um café-almoço por lá. Então fomos pra imigração, no andar de cima, recebemos o carimbo de saída da China e já começamos a ver varias coisas escritas em Português. Foi estranho preencher um formulário de entrada no pais q tinha o texto em chines, português e inglês. Assim que saímos da área da imigração já vimos uma placa bem grande dizendo "Benvindo a Macau" e dai em diante todas as placas eram escritas em Português e Chines, devido a colonização portuguesa da região. Já dava pra notar a diferenca da China continental e de Hong Kong, que como Macau é regiao especial chinesa. Alguns prédios eram estilo europeu e algumas pracinhas e monumentos lembravam muito Lisboa! Estava tudo muito bonito, mas tinhamos que achar acomodação e barata, o que é mais difícil por lá. Hotel 5 estrelas é que nao faltava, com seus cassinos gigantescos cheios de neon! Depois de muito camelar achamos um quarto num apartamento que improvisou uma guesthouse, que tava caro pelo custo-beneficio, mas foi o mais barato e feio que pudemos encontrar! E depois de 2 dias sem banho, dormindo em trem, aquele banheirinho mofado e travesseiro duro estavam ótimos!!
Depois de limpos e trocados fomos conhecer o centro. Parecia que estávamos em Lisboa, a praça central com a fonte era completamente portuguesa e os prédios em volta da praça todos estilo português. Mas ao mesmo tempo tinha placas escritas em chinês e algumas coisas que nos lembravam que ainda estávamos na China, por exemplo as lanternas chinesas e o povo chinês (fazendo chinezices)!!
Fomos ver o marco da cidade que são as Ruínas de São Paulo, onde antes existia uma igreja que foi destruída por um incêndio, e só o que sobrou foi a frente. Bem bonita por sinal! Tiramos umas fotos e fomos procurar onde comer. Olhamos o cardápio dos poucos restaurantes que tinha por perto e era tudo caro, só nos restou uma opção: Mc Donalds... Detalhe: lá no Mc comemos milho no potinho com manteiga, como os de ambulantes no Brasil, só que bem menos gostoso!
No dia seguinte fomos na padaria tomar café da manha, ou deveria dizer "pequeno almoço" como em Portugal?!!! Depois de mais de 2 anos sem ir numa padaria, fizemos a festa! Passamos o dia conhecendo os pontos turísticos da cidade, como a Praça da Sé, outras igrejas católicas, um forte com seus canhões e voltamos nas Ruínas de São Paulo pra fotos de dia. Lá tambem vimos um mausoléu com os ossos de religiosos que haviam sido enterrados no cemitério junto a igreja, que nao existia mais. E vimos tbm um pequeno museu de arte sacra, que nos surpreendeu com quadros muito interessantes!
Acho que o melhor momento do dia foi o almoço! Encontramos por acaso um restaurantinho brasileiro numa viela. Entramos e já conhecemos os outros brasileiros que estavam lá. A comida estava excelente! Arroz, feijão, file de frango, file de peixe pra Ane, e salada. Tudo com tempero bem brasileiro! Depois conhecemos a cozinheira, Maria, que achou nossa viagem um horror, coisa de doido e ate ganhamos um abraço na hora de ir embora! Nos sentimos em casa, depois de quase 3 anos longe!!
Continuamos passeando, e durante o dia todo ficamos tentando ouvir algum morador local falar português, ate perguntamos nas lojas pra alguns se eles falavam português, mas nenhum falava. A cozinheira Maria nos contou que os Macaleses ainda sabem falar português, mas nao gostam pq são muito orgulhosos do idioma deles. Tudo bem, tbm imagina o sotaque que eles teriam!! Portuga com chines, kkkk!!
A noite o restaurante brasileiro estava fechado, então fomos comer uma comida local. Chegamos no restaurante e tentamos achar um prato decente pra comer mas foi difícil. Ai nos lembramos que Macau parece Portugal, mas ainda é China, e a comida é estranha como a de lá.
No dia seguinte de manha, seguimos para o porto pra pegar a balsa para Hong Kong. Chegamos 1 hora antes do horário do nosso barco, e mesmo assim nos deixaram entrar no barco que já estava pra sair. Ótimo, economizamos meia hora esperando a próxima balsa.
A viagem foi bem tranqüila, por volta de uma hora. A Ane dormiu a maior parte porque estava começando a passar mal. Eu fui só ouvindo música e vendo as ilhas que passavam pela janela.
Chegando em Hong Kong, reparamos como é muito mais fácil chegar num pais onde já conhecemos as coisas, já sabemos como funcionam. Fomos almoçar perto do porto de Hong Kong, num shopping que já conhecíamos e depois do almoço seguimos para o aeroporto para esperar nosso vôo.
Depois de dois bons dia de vistas bonitas e comidas gostosas, outras nem tanto, só nos restava nos preparar pro próximo desafio: India!!!

Ultimas palavras sobre Macau: lugar muito interessante, bonito, limpo e CARO! Mas valeu a pena!


Renner & Ane Gimenes
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quinta-feira, 16 de junho de 2011

Vietnam

Chegamos no Vietnam em Ho Chi Min City, mais conhecida pelo seu antigo nome, Saigon. Depois de comer algo e conhecermos um pouco da área onde estávamos, fizemos mais alguns planejamentos, compramos tour pros próximos dois dias e fomos descansar, já que tínhamos viajado a maior parte do dia.



Saímos cedo para o tour no Rio Mekong, que já tinhamos visto no Laos. Foi uma viagem de 3 horas ate o rio e depois pegamos o barco onde passamos por 4 ilhas famosas na região(fênix, unicórnio, tartaruga e elefante). Paramos em uma vila onde vimos varias barraquinhas e um "restaurante" onde tinha um apiario. Lá provamos mel e também um whisky com aquelas cobras dentro da garrafa, que também era produzido naquela região. De lá pegamos uma canoa, passamos pelos canais dentro da ilha, e chegamos de volta no barco, que nos levou para uma fabrica de balas de coco. Acompanhamos todo o processo de produção das balas, provamos e compramos algumas. Eram boas mas bem diferentes das do Brasil. Depois de um almoço meia-boca e um descanso fomos provar umas frutas tropicais em outra vila. Comemos jaca, melancia, manga, mamão e dragon fruit(fruta típica do sudeste asiático) enquanto ouvíamos musicas tradicionais vietnamitas ao vivo. Foi um tour bem interessante, principalmente se levado em conta o valor bem baixo que pagamos. A noite de volta em Saigon, jantamos pizza e voltamos pro hotel. A noite jantamos pizza num restaurante italiano.
Quais são as chances de você encontrar um dos 4 milhões de neozelandeses em um restaurante italiano no Vietnam ?? Bom, nós encontramos uma kiwi.

No outro dia fizemos um tour pro acampamento dos vietcongs, Cu Chi tunnels. Eram os túneis onde os vietcongs se escondiam de dia e atacavam a noite, e fizeram isso durante toda a guerra. Ouvimos um pouco da história da guerra contada pelo guia que lutava do lado das tropas dos EUA contraste os próprios conterrâneos.
No acampamento vimos vários buracos de bombas, vários buracos de saídas de ar dos túneis e os buracos que eram os túneis onde eles viviam. Também fomos num campo onde os turistas podiam atirar com metralhadoras. Nos só ficamos assistindo e quase ficamos surdos com o barulho, principalmente das armas maiores. Eles tinham pistolas, M-60 e ate AK-47.
Depois disso veio a melhor parte do tour, entramos em um dos túneis que os vietcongs usaram. Era bem apertado e lá dentro ainda descemos dois andares, onde o ultimo deles chegava a mais de 10 metros abaixo da supericie. Andamos apertados e agachados, no escuro e se sujando de terra por quase 150 metros de túnel. Nao recomendado pra pessoas claustrofobicas !!!
Depois do tour fomos no museu da guerra, onde vimos varias aeronaves americanas, inclusive jatos e helicópteros e também tanques, canhões e lança mísseis. O museu era praticamente uma propaganda contra os EUA. Varias fotos das vitimas, de lugares atingidos e de protestos contra a guerra podiam ser vistas nos dois primeiros andares.  O ultimo andar era sobre as vitimas das bombas químicas usadas durante guerra, como Napalm, Agente Laranja, entre outros. Bem triste mas também bem interessante.
A noite compramos umas lembrancinhas e como nao conseguimos comprar passagem de trem pra Hanói praquela noite, só pro dia seguinte, nós voltamos pro hotel.

De manha arrumamos as malas, saímos do hotel e ficamos esperando o horário do trem, que era a noite. Ficamos planejando o que faríamos em Hanói e nossa viagem pra Macao e tentando nos preparar psicologicamente pra ficarmos 2 noite e 1 dia inteiro dentro de um trem.
Durante a noite ate que foi tranquilo mas o dia seguinte foi bem chato e cansativo. Como nos falaram que tinha um vagão "restaurante" que pelo menos vendia algo pra comer, nós nao levamos nada e tivemos que esperar ate o meio da tarde pra comermos uns miojos que compramos em uma estação. Porque a comida vendida no trem(só na hora do almoço) era incomivel. Durante a tarde passamos pelo trecho mais bonito da viagem, quando o trem sobe o morro e de lá voce consegue ver as praias quase desertas na costa. Bem bonito mas são só 40 minutos e depois voce volta pra viagem de trem comum só com a vista dos campos do pais. Depois jantamos miojo de novo e dormimos de novo com o balanço e o barulho do trem.



Amanhecemos em Hanói, as 4 da manha e ficamos na estação ate as 7:30 esperando a bilheteria abrir pra comprarmos passagem para irmos de trem pra China. De lá com as passagens em mãos, fomos pro hotel, deixamos as malas no quarto e fomos comprar um tour pra Halong Bay. Todas agencias ofereciam a mesma coisa, 3 tipos de tour: um tour de luxo, um de preço médio e um econômico. De acordo com o que havíamos pesquisado antes o de preço médio e o econômico ofereciam a mesma coisa, a única diferença é que no médio você paga mais. Então decidimos gastar o mínimo possível e ir com poucas expectativas.
Depois do almoço, demos uma volta na cidade e vimos o lago e a igreja católica que são alguns dos pontos turísticos da capital. Depois da janta, arrumamos as malas para a viagem dos próximos dois dias que passaríamos num barco.

Na manha seguinte, fomos levados ate o píer que ficava a 3 horas de Hanói. Chegando lá fomos para o barcos ficamos contentes ao ver que o barco não parecia ser tão mal ! Tinha um "refeitório", um andar com quartos(cabines) e um deck com espreguiçadeiras. O almoço estava bom, tinha peixe frito, alguns legumes e arroz. Nada muito especial mas tudo satisfatório. Já ficamos felizes porque tinhamos lido que a comida no tour econômico era pouco e ruim. Depois disso conhecemos alguns dos nossos companheiros de tour, duas malasianas, um chines, um israelense, uma thai, dois alemães, dois holandeses e 6 franceses que nem quiseram se enturmar.
Halong Bay é uma baia com umas formações rochosas muito bonitas, são ilhas fina e altas que parecem que flutuam no mar. É um lugar bem bonito mas na verdade se parece bastante com Milford Sound, na Nova Zelândia, só que com temperaturas muito mais agradáveis.



Mais tarde fomos conhecer algumas cavernas da região. Eram bonitas mas muito alteradas pelo homem, cheias de luzes, placas e passarelas. Perdia aquela sensação de aventura.
Depois fomos nadar quando o barco ancorou. Pulamos do deck que eram bem altinho, a água estava bem quente e calma que mais parecia uma piscina. Foi bem legal!! A noite jantamos, novamente a comida foi boa e suficiente. Depois ficamos no deck deitados nas espreguiçadeiras vendo as meia dúzias de estrelas que conseguíamos ver, porque o tempo estava meio nublado e com uma névoa que parece ser freqüente na regiao. Depois fomos pro quarto/cabine, que nao era muito diferente de um quarto de hotel, só que bem pequeno. Era bonito e ate tinha ar-condicionado e banheiro com água quente.

Na manha seguinte tomamos um café da manha, meia-boca e ficamos no barco ate o meio dia, quando voltamos pra terra firme, almoçamos num restaurantinho mais ou menos que já era incluído no tour e voltamos pra Hanói.
Pela primeira vez ficamos bem satisfeitos com um tour. O chines e o israelense nao podem dizer o mesmo porque tiveram que dividir uma cama e claro que eles nao gostaram de dormir com estranhos, ainda mais homens! Chegando na guesthouse, pegamos as malas e fomos pra estação de trem.
E assim terminava nossa viagem pelo sudeste asiático em grande estilo. Agora tinhamos um grande caminho pela frente pra chegar ate Macao.


Renner & Ane Gimenes
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terça-feira, 14 de junho de 2011

Cambodia - Parte 2

No nosso ultimo dia em Angkor, nos acordamos bem cedo e fomos pro parque pra ver o sol nascer. Quando saímos da guesthouse o dia já estava meio claro mas ainda chegamos a tempo de ver o sol bem baixo, pertinho do templo de Angkor Wat. De lá vimos os outros templos que ainda nao tinhamos visto. Um deles era um que tem uma árvore bem em cima da entrada do templo, com as raizes atravessando as pedras do templo. Os outros eram também muito legais, parecidos entre si mas diferentes dos que vimos nos outros dias. Acabamos de ver tudo ainda pela manha e voltamos pra guesthouse pra dormir um pouco e descansar, já que depois de três dias andando tanto pelos templos, estávamos quebrados. Então arrumamos as malas e compramos a passagem para Phnom Phenh, mais tarde jantamos lá mesmo na guesthouse e capotamos.

Então saímos cedo na manha seguinte e viajamos o dia todo de ônibus. Chegamos em Phnom Phenh no fim da tarde e pegamos um tuk-tuk pra guesthouse. Mais tarde só jantamos e fizemos os planejamentos pros próximos dias na cidade.

Logo de manha cedo corremos para a embaixada do Vietnam para pedirmos o visto. Depois do almoço seguimos para uma antiga escola que foi transformada em prisão pelos ditadores que controlaram o pais na década de 70, quando mais de 2500 milhões de pessoas foram presas, torturadas e exterminadas. Isso foi feito numa tentativa  de ter um pais comunista agrícola. Os primeiros a serem assassinados foram os governantes, estudiosos e celebridades. Um verdadeiro holocausto, 1/3 do pais foi morto. Esse episódio na história do pais foi chamado de Kmer Rouge.
Hoje em dia a S-21, como era chamada a prisão, é um museu onde mostram fotos dos prisioneiros que passaram por lá, as torturas que eles receberam, como os prisioneiros viviam lá dentro e como dentre milhares de pessoas somente 7 sobreviveram. Bem interessante!!
 
De lá paramos num shopping pra almoçar e passamos no mercado central da cidade. Mais tarde a noite fomos em na lan house da guesthouse pra liberar espaço nos cartões de memória das máquinas fotográficas. Enquanto usávamos o pc deu pau e obviamente o cartão também. Bom, depois da maior briga com o povo da guesthouse, resolvemos procurar outro lugar pra ficar. Achamos um hotel por quase o mesmo preço mas um quarto e um hotel muito melhores. Jantamos nesse hotel mesmo e voltamos pra dormir a ultimo noite já paga na guesthouse.

No ultimo dia fomos ao "Campo de matança" (Killing Fields), onde os prisioneiros da prisão S-21 eram levados para serem executados. É bem triste ver as covas enormes onde foram encontrados centenas de corpos juntos. Inclusive crianças ao lado das mães, bebes e vários corpos decaptados. Nesse campo víamos pedaços de roupas e ate de ossos saindo do chão. Ainda tem covas sendo escavadas e outras que ainda nem foram abertas, por isso, as vezes quando chove varias dessas coisas vem a superfície. Lá também tem este memorial  as vitimas, na foto abaixo,  com 8000 crânios encontrados nas covas daquele campo. Observe dentro do vidro.

A tarde, arrumamos as malas, planejamos o que iríamos fazer no proximo pais, Vietnam e pesquisamos sobre como chegar em Macau, pais que adicionamos já no meio da nossa tour. Também compramos o trem para Saigon, pra onde viajamos na manha seguinte.


Renner & Ane Gimenes
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sábado, 4 de junho de 2011

Cambodia - Parte 1

No trem a caminho de Bangkok, nós esperávamos chegar por volta das 11 da manha, porque na ida pro Laos, foi isso que aconteceu. Porém, contudo, entretanto, as 6 e pouco da manha passa o tiozinho do trem acordando todo mundo, falando Bangkok, Bangkok!!! Então lá estávamos nos, as 6:30 am em Bangkok. E já que teríamos que pegar um ônibus pra ir pra Cambodia, resolvemos aproveitar que estávamos bem cedo na cidade e irmos pra rodoviária direto. Assim não teríamos que passar uma noite em Bangkok só pra pegar o ônibus de manha cedo.
Obviamente que alguma coisa tinha que dar errado, como sempre exige meu colega Murph, e pegamos o ônibus no sentido errado da rodoviária, o que nos fez perder mais uma hora. Na rodoviária compramos um ônibus que iria sair em 15 minutos então não tivemos que esperar muito, compramos umas besteiras pra comer de café da manha e já fomos pro busao.
A viagem foi tranqüila e chegando na cidade tivemos que pegar um tuk-tuk ate a fronteira. No caminho conhecemos um casal de amigos canadenses e atravessamos a fronteira juntos. Nos já tinhamos o e-visa, então foi bem tranquilo pra entrar e já em Cambodia fomos pegar um busão pra Siem Reap, nosso próximo destino no pais.
Pegamos um "ônibus gratuito" ate a rodoviária e lá confirmamos o que tinhamos lido no guia, o ônibus te leva ate a rodoviária onde voce só tem a opção de pegar os ônibus deles, que obviamente são mais caros do que deveriam.
Saímos da rodoviária a procura de outro ônibus ou um taxi que nos levasse pra cidade e o que não foi uma surpresa foi o cara da rodoviária andando atras de nós. Andamos dois quarteirões ate uma avenida e de lá tentamos pegar um taxi. Todos os taxis que paravam, o cara atras de nos falava na língua deles e o taxista nao fazia mais barato que a rodoviária cobrava.
Depois de pela menos meia hora andando, discutindo e barguanhando conseguimos um ônibus .... Pra nos quatro!!!  A lá fomos nós 4 dentro de um ônibus vazio ate a cidade onde queríamos ir.
Chegamos em Siem Reap no meio da tarde e fomos procurar acomodação. Rodamos um pouco só e já achamos um bem bonzinho, com café incluso e tal. Deixamos as coisas e já fomos comer porque estávamos morrendo de fome !!! A janta foi bem boa, comemos comidas típicas Cambodianas e experimentamos uma das cervejas nacionais, enquanto batíamos um papo com os canadenses. Alias, a cerveja Angkor foi uma das melhores que tomei aqui na Asia, pelo menos melhor que as Tailandesas e com certeza melhor que a do Laos.

E depois desse dia longo voltamos todos pra guesthouse e fomos direto pra cama já mortos de cansaço.

No dia seguinte os canadenses foram pra outro hotel e nós fomos pesquisar  preço e como ir para as ruínas dos templos de Angkor. A Ane já não estava se sentindo muito bem, gripada desde o dia anterior de manha, entao decidimos deixar pra ir pros templos nos próximos 3 dias de bicicleta, assim a Ane poderia se recuperar e poderíamos ver um pouco da cidade naquele dia.
Fomos ao mercado da cidade e não vimos lá muita coisa interessante a não ser as lembrancinhas que eles vendem em todo lugar. A noite fomos jantar na "rua dos bares" como é conhecida. Essa rua tem algumas dezenas de barzinhos e restaurantes, alguns mais pros jovens, outros mais pros mais cheios da grana, mas é um lugar bem legal, de dar inveja em muita cidade turística brasileira! Resolvemos comer no mexicano, já que estávamos um pouco enjoados da comida asiática. Foi uma boa idéia!

Saímos pedalando depois do café a caminho do parque de Angkor. Logo no começo, ainda na cidade a Ane caiu duas vezes e foi o resto do caminho reclamando bastante da bicicleta. Na entrada do parque, pagamos o ticket para 3 dias de visita e pagamos o preço mais absurdo de toda a nossa viagem ate agora, e provavelmente do resto também.  
Pedalamos mais um pouco e chegamos na primeira ruína. Um templo em formato de pirâmide. Bem interesante! De lá já chegamos no principal templo de todo o parque, Angkor Wat. Vimos todo o interior do templo a única coisa que estragava eram umas telas verdes cobrindo algumas partes por causa de restaurações nas ruínas. É tudo muito legal lá, muito interessante você pensar a quanto tempo aquelas construções estão ali e praticamente intactas.


De lá partimos pra cidade murada de Angkor Thom. Também tinham muitos templos interessantes como o Bayon, um templo com varias torres, e com a cara do rei nos quatro lados de cada uma delas. Deve ser bem assustador entrar numa cidade e ver a cara do dono da cidade em cada poste, olhando pra você !! Depois acabamos vendo outras ruínas inclusive varias com estatuas de elefantes que nao são muitos comuns. Bom, pro povo daquela época dessa região era sim! O resto acabou sendo mais do mesmo, com algumas diferenças aqui e outra ali, mas nada demais.
Na volta, quando começamos a pedalar mais, a Ane voltou a reclamar da bike, ate que paramos pra ver e percebi que o pneu de trás já esta a praticamente no chão, nem mucho  estava mais! Então lá fui eu com a bike ferrada e ela com a minha, e obviamente toda feliz, só porque conseguia ir mais rápido que eu! rs
Chegamos mortos na guesthouse e tomamos um banho, seguimos pro restaurante, jantamos e fomos direto capotar.

Acordamos cedo só pra ver que estava caindo o mundo lá fora, ai só colocamos o despertador pra mais tarde e já era, dormimos de novo! Quando acordamos a chuva já tinha parado mas o tempo continuava fechado e as ruas cheias de poças. Então achamos melhor pegar um tuk-tuk ao invés de pedalar nas poças e debaixo de chuva. E foi o que fizemos, achamos um na rua, barganhamos e fomos ver as ruínas dos templos mais antigos, datados por volta de 800 DC.
Vimos os 3 templos daquela região que são bem parecidos entre si mas bem diferentes dos outros do parque principal.  Depois, foi pra lá que o tuk-tuk nos levou, pra vermos mais alguns templos. Paramos pra almoçar e seguimos pros templos. Esses templos já eram um pouco mais diferentes dos outros que já tínhamos visto. Também por ter muito verde dentro dos templos e ser muito antigo, o que podemos ver hoje em dia é um obra-prima! Troncos de arvores que mais parecem ter saído de dentro dos muros e paredes do templo. E são varias assim em cada um dos templos. Muito legal!
Já quase no fim da tarde, fomos pra Angkor Wat novamente, mas dessa vez pra ver o por-do-sol. Com uma coloração diferente e com o reflexo no lago em frente, tivemos uma ótima oportunidade para fotos lindas. Quando o sol se vai, o templo fecha e tivemos que voltar pra guesthouse nessa hora. A noite só jantamos no hotel mesmo e nem saímos mais de lá.




Renner & Ane Gimenes
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