sexta-feira, 27 de maio de 2011

Laos

Nosso trem da Tailândia deveria chegar as 8:30 da manha na fronteira com o Laos, mas como aqui é a Asia, chegamos na cidade de Nong Khai as 11 da manha. Dividimos um tuk-tuk e fomos pra fronteira, saimos da Tailandia, passamos pela "Ponte da Amizade" (soa familiar não é?), chegamos no lado Lao, pagamos o visto e entramos, bem fácil!

Ao sair, vimos um pessoal tentando encher uma van pra ir direto pra uma das cidades turísticas do pais, Vang Vieng. Eles vieram falar com a gente e acabamos mudando nossos planos iniciais e fomos direto pra cidadezinha, que já estava nos planos de qualquer jeito. Pegamos a van com outros 4 ingleses e lá se foram 4 hrs vagando pelo meio do Laos ouvindo historias sobre casamentos reais, drogas, bebidas e viagens. 
Chegamos em Vang Vieng no fim da tarde e uma das meninas da van na verdade trabalhava lá na cidade a um tempo e já conhecia uma guesthouse bem legal e nos levou direto pra lá. Deixamos as malas e saímos pra comer já que estávamos sem uma refeição decente a quase 24hrs, só a base de pringles e água, rs. A noite, depois de um belo banho, fomos da uma volta na cidade. Parece uma cidade de interior do Brasil, mas com muito mais restaurantes e guesthouses. São poucas ruas, uma feirinha noturna que não tinha mais de meia dúzia de barracas e vários tuk-tuks atras dos turistas o tempo todo. Andando por lá vimos dois dos ingleses que foram conosco na van, e eles nos chamaram pra ir pro Q-Bar, um dos barzinho da cidade onde rola a balada local. Fomos pra la mais tarde e experimentamos a BeerLao, cerveja local não muito boa e vimos uma onda de jovens europeus bêbados, e alguns deles ainda a  caminho. Depois de um tempo, comemos um crepe antes de voltar e capotar, antes mesmo da meia noite. 

Fomos tomar café em uma padaria que tem na cidade, e de la já fomos pro rio. O point da cidade, onde rola o Tubing. Que nada mais é do que uma câmara de caminhão que voce usa pra decer o rio por uns 3kms tendo no caminho vários bares com diferentes musicas, mas basicamente as mesmas bebidas. A galera vai mesmo é pros bares, muitos deles nem fazem o tubing, ficam só na farra o dia todo na beira do rio. 
Nos ficamos nos primeiros bares, pra ver como a coisa funcionava, dica da inglesa que trabalha na cidade. Passamos a tarde na beira do rio só curtindo e ate conhecemos um casal, um brasileiro e uma australiana. Muito gente boa eles, ate fomos jantar juntos a noite na cidade depois que voltamos do rio.

Acordamos meio tarde e depois de comer voltamos pro rio, dessa vez já preparados pro tubing. Alugamos a bóia, e um tuk-tuk nos leva 3km fora da cidade ate o lugar do rio onde começam os bares. Ai pegamos a bóia, entramos na água e lá fomos nós. O legal de Vang Vieng é que do outro lado do rio que beira a cidade tem varias montanhas muito bonitas e é esse o seu cenário descendo o rio numa bóia e ouvindo musicas cada vez que passava na frente de um bar. O percurso foi bem bonito, e ate vimos um rebanho de "búfalos d'água" dentro do rio, mais ou menos perto de nós!! 
O pessoal do bar fica acenando pra gente parar no bar deles e ate jogam umas cordilhas pra nos puxar pra beira. 
Pensávamos que íamos pegar umas corredeiras e tal, mas na verdade tem hora que fica ate meio chato porque você quase para porque a correnteza não é tao forte assim.
Nos dois fomos indo, apreciando a vista ate quando vimos a placa do ultimo bar, ai paramos, deixamos as bóias na pilha de bóias do povo que já estava lá e fomos beber algo. No fim quando decidimos seguir caminho, pegamos uma beerlao e la fomos rio abaixo. 
O caminho todo demora entre 2 e 3 horas, direto, sem paradas. Agora pode durar o dia todo como a maioria do povo lá faz, já que param de bar em bar. O que pode ser muito perigoso, vários turistas morrem todo ano por descerem o rio bêbados! Nosso percurso demorou umas 2:30, já que paramos uma vez, mas também fomos remando em algumas partes pra acelerar um pouco. No fim chegamos de volta no centro da cidade de onde saímos e deixamos as bóias onde alugamos e fomos pro banho já que a água do rio estava marronzinha graças as chuvas de verão que estão começando a chegar na região. 
A noite só jantamos e compramos o bilhete pra van que ia nos levar pra Luang Prabang, outra cidade conhecida do Laos. 

Na van, percorremos um caminho horrível ate a cidade. Eram curvas e mais curvas, morros e mais morros. Eu, sortudo, peguei o lugar mais desconfortável da van e fui ali, por 8 horas seguidas. A Ane foi passando mal, tentando dormir pra nao vomitar na van. Apesar da viagem ruim, conseguimos ver muito da vida cotidiana do povo das aldeias pelo caminho. Vimos as mulheres vendendo as frutas e verduras que provavelmente nasciam no próprio quintal, vimos crianças indo e voltando da escola e também correndo pela rua, brincando. Vimos também muitas pessoas simplesmente olhando pela janela os carros passarem. Nos fez pensar como a vida deles é simples e como nos complicamos a nossa!
Ate vimos uma menina de talvez uns 8,9 anos correndo pela rua vestindo um agasalho do time do São Paulo!  
Chegando na cidade e depois de achar uma guesthouse, fomos ver a feira noturna no centro da cidade mas com a chuva que estava caindo, nao tinham muitas barracas pra se ver. 
Ai achamos umas barraquinhas de comida e resolvemos comer ali mesmo pra experimentar a comida local e pagando bem barato também. Durante a janta conhecemos um cara de Israel, que nos deu varias dicas sobre seu pais. Gente boa o cara, mas meio estranho, rs. A comida ate que estava boa mas mal sabia eu o que estava me esperando mais tarde. 
Durante a noite acordei morrendo de dor de barriga e ai começou o sofrimento. Passei a noite no trono com dor e me sentindo super mal. 

De manha tomamos café e tomei um remédio pra tentar cortar a diarréia que já durava desde a madrugada. E ai me sentindo melhor pudemos sair pra fazer os passeios que tínhamos planejado para o dia.
Vimos vários templos, demos uma volta pela cidade e também vimos o Rio Mekong, um dos rios mais importantes da Asia, porque cruza acho que 5 países, vindo do Tibete e indo ate o Vietnam ate cair no oceano. A maioria desses países usa o rio como uma forma de transporte, irrigação, alimentos, etc.A cidade também era bem bonita e diferente do que estávamos vendo ate ali, porque como o pais foi colônia francesa, principalmente essa cidade tinha muita influencia francesa na arquitetura, na comida e ate algumas pessoas mais velhas falavam francês. 
Dessa vez, conseguimos ver a feirinha noturna, com os artesanatos das aldeias ao redor da cidade. Jantamos num restaurante e nao na feirinha de novo e depois compramos a passagem de volta pra Vientiane, a capital do pais. 
Durante a madrugada acordei igual a noite anterior, com uma dor de barriga muito forte. Já sabia o que me esperava durante aquela noite mas na verdade foi bem pior que a noite anterior! E a melhor parte era a viagem que tínhamos pela frente logo as 7 da manha.

Levantei da cama pela 79a. vez naquela noite e depois de sairmos do hotel esperamos o transporte pra rodoviária. No tuk-tuk que nos levou pra lá, conhecemos um brasileiro e fomos batendo papo ate a rodoviária. Ou a Ane foi porque eu tava morrendo de dor e mal conseguia conversar.
No ônibus a situação ficou muito melhor depois de descobrir que o banheiro estava trancado! Alem do ar-condicionado nao funcionar. Uma beleza !!
E lá fomos nós pelas 9 horas de viagem que na verdade foram 12 horas. Durante as paradas entendemos porque o banheiro estava trancado, em todas os lugares que paramos eles cobravam para as pessoas usarem o banheiro. O motorista devia ganhar uma bela comissão por levar tanta gente pros banheiros, He he he. 
O problema do ar condicionado foi resolvido la pelas tantas, de uma forma bem segura ... Deixando aberta a porta do ônibus!!
Já em Vientiane, a chuva caía sem parar e tivemos que andar assim mesmo por uns 45 minutos, com as malas nas costas procurando um hotel que nao estivesse lotado. No fim achamos um mais ou menos e ficamos lá mesmo porque já estávamos cansados e bem molhados. 

No único dia que ficamos na cidade, fomos no Buddha Parque. Que nao era  parque temático do Buddha e sim um jardim com varias estatuas Hindu e Budistas. Inclusive Um templo em forma de uma redoma de pedra, com varias estatuas dentro representando cenas mitológicas indianas (Ramayana). A entrada era pelo boca de um monstro e por ser tudo fechado lá dentro a Ane ficou do lado de fora. Obviamente com medo das lagartixas que nem estavam lá! 
 
O parque nao era tao grande mas valeu a pena, vimos mais um Buddha gigante deitado, varias outras estatuas muito grandes e ate conversamos um pouco com um monge pela primeira vez. Ate reencontramos o brasileiro do tuk-tuk lá no parque por acaso. Na volta andamos um pouco pela cidade e vimos um monumento que se parece com o arco do triunfo francês mas com decorações no estilo Lao. Foi legal conhecer a capital mas nao tinha muito o que se fazer e o Buddha parque foi a unica coisa que salvou o dia. Depois da janta voltamos pro ar condicionado do quarto e a Ane começou a se sentir meio gripada. Tomar chuva e dormir no ar condicionado nao da muito certo!

No nosso último dia no Laos acordamos tarde porque nao tínhamos muita pressa. Fomos ate a fronteira em ônibus de linha, cheio pra variar! La foi tudo tranquilo e voltamos pra Tailândia onde seguimos pra estação de trem. Lá esperamos umas 3 horas ate o horário do trem noturno pra Bangkok. O trem era o mesmo de quando fomos pro Laos mas na ida tínhamos ficado com as "camas" de baixo e dessa vez pegamos as de cima, mais baratas. Só nao sabíamos que iria ser bem mais apertado que as de baixo. A Ane de qualquer forma já estava tendo uma péssima noite, já bem gripada a essa altura e eu mal cabia na cama mas pelo menos conseguimos dormir um pouco. 
E assim voltamos pra Bangkok pra ficarmos uma noite e seguirmos pra Cambodia no dia seguinte. Pelo menos esse era o plano. 



Renner & Ane Gimenes
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domingo, 22 de maio de 2011

Tailândia - Bangkok

 Chegamos em Bangkok no terminal de ônibus no norte da cidade. De lá tínhamos acesso ao metro mas não ao bairro onde planejávamos ficar. No fim ficamos perto do estádio nacional. Pelo menos esse era o nome da estação, já que vimos apenas um estádio não muito grande. De lá pelos menos era fácil pra irmos pedir o visto da Índia no consulado e foi isso que fizemos logo na primeira tarde.
No consulado ficamos sabendo que teríamos que preencher o formulário na internet e depois de impresso, entrega-lo lá. Como já estávamos em cima do horário pra fechar o consulado, fizemos tudo e deixamos pra entregar no dia seguinte. Depois fomos tentar procurar outro hotel ou guesthouse pra ficarmos porque estávamos em um meio caro.
Pra vcs terem uma idéia andamos de ônibus pela cidade umas 3 horas seguidas ate voltarmos pro mesmo lugar. Sabíamos qual era o ônibus certo, só que pegamos no sentido contrário. Hehehe.
Bom, voltando pro ponto de partida, vimos que no shopping em frente do hotel estava tendo luta de muay thai, boxe tailandes. Vimos umas 4 ou 5 lutas, inclusive a de um brasileiro que não vimos o nome, mas foi bem legal ver o coitado tomando uma bem dada no nariz e cair com a cara melada no chão. Hahaha. Melhor ainda foi ver as lutas de graça, porque nos informamos sobre preços e eram bem carinhos, e tínhamos resolvido deixar pra lá. Saiu melhor que o esperado!!
Com todos os encontros e desencontros começamos bem em Bangkok.

Saímos cedo no dia seguinte para entregar os papeis do visto da Índia. Deu tudo certo e teríamos que esperar uma semana. De lá do consulado indiano, fomos pra Khao San Road. A rua mais conhecida pelos mochileiros em Bangkok.



Rodamos ate encontrar uma guesthouse barata e boa suficiente pra nós. Bom, acabamos achando uma boa e por menos de 7 dólares americanos. Por volta de uns 10 reais, barato neh?
Depois de deixar as coisas no quarto, fomos dar uma volta no bairro, ver todas as barraquinhas e lojas que inundam a Khao San e as ruas em volta. Depois só jantamos numa barraquinha na rua da guesthouse e fomos tentar dormir no calor insuportável que faz o dia todo e a noite em Bangkok.

Nesse dia só ficamos planejando onde iríamos e como iríamos nos próximos dias na cidade, já que teríamos que ficar lá uma semana pra esperar o visto da Índia. Pesquisamos sobre os templos e outras coisas que ainda queríamos ver em Bangkok. A noite fomos em um restaurante que estava passando The Dark Knight num tevezao de plasma, ai ficamos por lá mesmo vendo o filme ate o fim. Matamos a saudade de ver um filme, que é uma coisa que gostamos de fazer e já fazia um tempão que não tínhamos como.

Depois do cafe, fizemos uns planejamentos financeiros e tivemos que passar num banco pra pegar mais uns dólares. Detalhe que  era um sábado, mas aqui na Tailândia já vimos varias agencias abertas em pleno fim de semana. Depois disso vimos umas bandas tocando em frente ao shopping onde fomos comer. No mesmo lugar onde vimos as lutas de muay thai. O mais interessante é que as bandas eram de J-rock, estilo de música japonesa, e o shopping estava cheio de jovens com cabelos e roupas estranhas, como manda o estilo musical.
No fim da tarde resolvemos ir num bar/restaurante que fica no topo de um prédio bem alto. Dica de um casal brasileiro que conhecemos em Phuket. Depois de pegar metro e andar um pouco, chegamos num hotel super chique, nós já meio suados, de chinelos e shorts, já ficamos meio assim de entrar lá. Como ninguém falou nada, pegamos o elevador pro 59o andar, acho, e chegamos na cobertura. Porém na porta do bar, uma funcionaria nos disse que o bar exigia traje sport-fino e com isso passamos uma certa vergonha, saímos do hotel, pegamos o metro e voltamos pra guesthouse com caras de tacho.
Na volta, quando passamos pela Khao San, vimos que estava tendo um festival com varias bandas desde o fim da tarde, e nós sortudos, chegamos só a tempo de ver as ultimas musicas da ultima banda. Ate que foi legal.

No dia seguinte paramos logo depois do café, na internet para pedirmos o visto eletronico pra Cambodia. Foi um processo fácil, rápido e que vai nos poupar um pouco de dor de cabeça na fronteira. Foi a primeira vez que ouvimos falar de e-visa, mas que parece ser bem útil.
Falando em vistos, descobrimos nesse dia que brasileiros tem direito a 3 meses de visto na Tailândia e por isso que recebemos tanto tempo, e não porque gostaram da gente, rs. Parece que são só brasileiros e cidadãos de mais uns 3 países aqui em volta que tem direito a tanto tempo de visto na Tailândia.
Depois fomos pra um dos mercados flutuantes de Bangkok. Bem afastado do centro da cidade e próximo a um bairro pequeno, vimos muitos thais e pouquíssimos turistas. Também porque esse mercado vende comidas típicas e não coisas pra turistas como camisetas, lembrancinhas, etc.
Vimos barcos vendendo frutas, verduras,peixes frescos, carangueijos, lulas e algumas comidas típicas que nem conhecemos. Como chegamos meio tarde, o movimento já estava meio fraco mas foi bem legal poder ver esse costume tailandes que ainda é praticado em alguns lugares da cidade.
Como ainda não tinhamos almoçado, resolvemos fazer mais do que ver. Pedimos um peixe inteiro e um carangueijo grande, ambos assados numa churrasqueirinha no barco mesmo. O pedido todo foi feito a base de mímicas porque nesse mercado ninguém parecia falar uma palavra de inglês. A comida estava uma delicia e o melhor é que foi bem baratinho.
Também vimos no rio vários peixes que pareciam que nunca tinham visto comida. Achamos meio parecidos com bagres, bem grandes, mas eram tantos que uns ate ficavam fora d'agua em cima dos outros, só porque algumas crianças estavam jogando ração e pão pra eles.
Antes de ir decidimos experimentar uma fruta tailandesa, durian. A cara parece bem com uma jaca, do mesmo tamanho só que com uns espinhos diferentes, bem mais pontudos. A Ane ate que gostou, eu não. Ah e é bem fedido, tanto que já vimos placas em guesthouses falando que não era permitido levar durian pra dentro do local. Deve impestiar tudo! Saindo da feira fomos tirar fotos de um templo lá perto e enquanto espetávamos o ônibus, vários thais ficavam olhando pra gente quando passavam, as vezes ate dando tchauzinhos. Não parecia ser muito comum turistas estarem andando por aquelas bandas.
Foi um dia bem divertido!



No dia seguinte fomos no templo do Buddha Esmeralda, o único problema era que o templo exigia roupas que cobriam do cotovelo ate o joelho, e sapatos fechados. Resumindo, roupas de frio num pais onde sempre faz muito calor. E lá fomos nós, andamos da guesthouse ate o templo, uns 20 mins e já chegamos lá suados. Já na porta, colocamos as roupas compridas por cima e entramos. Pros turistas despreparados, eles ate alugavam umas roupas, provavelmente bem caro. Mas nada como ter um guia de viagem Lonely Planet onde podemos ter mais informação sobre os lugares antes de ir!!
Depois de nos cobrirmos todos fomos pagar, e percebemos que só os turistas estavam pagando. E era isso mesmo, tinha uma placa dizendo que a entrada pros thais era de graça. Só que para nos era bem salgada. Custava por volta de US$ 10 por pessoa, o que era mais que suficiente pra nós dois almoçarmos e jantarmos com esse valor! Achamos um pouco injusto, por outro lado se vc pensar bem não é muito dinheiro. E na visão do povo tailandes, se vc é estrangeiro vc é rico. E provavelmente se formos comparar com a maioria, somos mesmo! Então, fomos em frente!
O templo na verdade é um conjunto de vários templos menores com esse templo principal no meio deles. Dentro dele vimos o Buddha Esmeralda, que na verdade só tem a cor de esmeralda porque é feito de jaspe e que também achamos bem pequeno. Detalhe é que nesse templo principal não se podia tirar fotos e tinha que tirar os sapatos pra entrar.
Quanto a tirar os sapatos pra entrar nos templos, isso é bem comum, vimos isso em vários templos tailandeses e em outros países também. Agora sobre não poder tirar fotos, isso não funciona muito bem quando se tem uma janela bem de frente com o tal do Buddha esmeralda. O povo se aglomerava na frente do templo com as máquinas na mão tirando fotos do mesmo jeito pelo lado de fora. Então não fomos exceção e garantimos uma fotinho do Buddha verde pra coleção.
Os outros templos menores também eram muito bonitos e tinham varias estatuas de Buddhas por lá. Não muito tempo depois fomos ver o Grand Palace, já que andar vendo templos naquele calor usando roupas de frio é bem cansativo e lá dentro, pra ajudar, não se vendia nenhum tipo de bebida!
O Grand Palace é bonito por fora, e não sabemos se também é por dentro porque não se pode entrar. Só pudemos ver uma sala de armas em uma entrada lateral do  palácio. E o jardim na frente também era bem cuidado. Saindo de lá, fomos direto pra guesthouse tomar outro banho e nem fizemos mais nada naquele dia de tao cansados que ficamos por passar tanto calor.




Mais um dia vendo templos, fomos no Wat Pho, um templo bem conhecido por ter o maior Buddha deitado da Asia. Novamente vimos muitas estatuas de buddhas, todos diferentes um do outro mas todos dourados. Também tinham vários templos menores em volta, mas vimos tudo rapidamente porque lembrava muito os templos que vimos no dia anterior. Já o templo do Buddha deitado era bem maior que os outros e estava bem cheio. Principalmente de indianos. Novamente sem sapatos e com roupas compridas abrimos caminho no meio dos indianos pra tentar ver alguma coisa e tirar umas fotos. As fotos não ficaram muito boas porque o templo é cheio de colunas na frente da estatua mas realmente é um Buddha bem grande e bem interessante de ver.
Depois fomos pro Wat Arun. Outro templo mas esse é na beira do rio então tivemos que pegar uma balsa pra chegar lá e que custou o equivalente a um centavo de dólar por pessoa. Esse templo era bem diferente dos outros que vimos antes, porque o templo principal é na verdade uma torre bem alta, com uma escada bem inclinada e difícil de subir. Em volta tem outras quatro torres menores, todas decoradas com o mesmo estilo. Lá de cima tem uma vista legal da cidade de Bangkok.



Acordamos no outro dia e fomos pra internet. Nosso e-visa pro Cambodia estava pronto e já imprimimos, ao contrário do visto da Índia que deveria sair naquele dia mas naquela hora ainda não estava pronto. Pesquisamos sobre nossa ida pro Laos enquanto esperávamos algum sinal de vida do consulado indiano. Enquanto isso acabamos conhecendo um casal, uma brasileira que namorava com um kiwi(neozelandes). Então tinhamos muito o que conversar sobre Brasil e Nova Zelandia. E no meio da conversa a menina nos contou que fazia alguns dias que ela tinha colocado silicone lá mesmo em Bangkok. Ficamos um pouco chocados porque parece ser uma idéia meio doida, se nem a comida a gente come tranquilo, imagina entrar na faca!!
Esperamos um sinal do consulado o dia todo, mas eles só atualizaram nossa situação no site quase as 4 da tarde, e a melhor parte é que o consulado, do outro lado da cidade, ficava aberto só ate as 5:30. Bem felizes da vida, lá fomos nos ate o consulado e depois de duas horas presos no trânsito acabamos mudando o caminho porque já eram mais de 5:30 e ainda estávamos no ônibus.
No ônibus ouvimos falar que o rei tailandes tinha ido visitar a cidade e estavam fechando varias ruas, por isso que estávamos presos no trânsito, que se espalhava pela cidade antes mesmo da hora do rush.
Mudamos nosso destino para a estação de trem, onde compramos o bilhete para a noite seguinte para irmos para o Laos. Teríamos que pegar o visto indiano no nosso ultimo dia no pais antes de pegar o trem para o Laos. Teríamos...

Acordamos prontos pra ir embora, fizemos checkout na guesthouse e fomos pra um shopping próximo ao consulado da Índia. Almoçamos e quando chegamos no consulado pra pegar o visto no fim da tarde ... há, pegadinha!!! O consulado estava fechado porque era feriado naquele dia e obviamente que não sabíamos disso.   Teria isso alguma relação com a visita real?! Com isso tivemos que sair de lá e ir procurar um hotel pra ficarmos mais uma noite na cidade pra pegar o visto no dia seguinte.
Pra ajudar ainda tinhamos que trocar a passagem de trem para o dia seguinte senão perderíamos o bilhete e isso tinha que ser feito em menos de 2 horas. Corremos, trocamos o bilhete meia hora antes do horário máximo para troca e fomos embora. O hotel que ficamos era bem mais próximo do consulado indiano e perto de um shopping grande da cidade. Depois de um dia tao problemático resolvemos fazer algo que estávamos com vontade a muito tempo. Fomos no cinema e assistimos velozes e furiosos 5, que deu ate pra matar um pouquinho da saudade do Brasil, já que foi filmado no Rio!
Uma coisa bem curiosa é que antes de todo filme eles passam um videozinho do rei com o hino do pais tocando, e todos ficam de pé em respeito ao rei. Igualzinho no Brasil neh ?!?!

Saímos do hotel onde ficamos e fomos pro shopping quase em frente onde almoçamos de novo no mesmo lugar. Fomos ao consulado no fim da tarde, pegamos nosso passaporte com o visto da índia e seguimos pra estação de trem. Ficamos algumas horas esperando o trem sentados no chão, igual as pessoas locais estavam fazendo. As cadeiras disponíveis não comportavam 1/3 das pessoas que estavam esperando trem.
O nosso trem não estava no placar eletrônico mas acabamos entrando pras plataformas no horário correto e adivinha ?!?!? O trem estava lá sim, e por incrível que pareça saiu exatamente no horário correto. Agora quanto ao horário de chegada ...

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Tailândia - Ko Tao e Ko Pha Ngan

Já na fronteira da Tailândia, tivemos uma surpresa com nosso visto. Já tínhamos lido que a maioria das nacionalidades que entram por uma fronteira via terrestre tem 15 dias de visto e nos ate tínhamos nos programado para ficarmos 15 dias no Sul do pais, voltarmos pra Malásia e entrarmos de novo na Tailândia para ganharmos mais 15 dias de visto, porém ao passarmos pela fronteira nos dois recebemos 3 meses de visto !!!! O que nos fez mudar os planos e não voltarmos pra Malásia e deixar de conhecer Georgetown, uma ilha no norte do pais, que muitos visitam ao sair da Tailândia para renovar o visto.
Passando isso ficamos esperando pelo trem, que demorou e demorou e demorou mais um pouco. Bom, a viagem deveria ser de 12 horas, então deveríamos chegar no nosso destino na Tailândia as 9 e pouco da manha e não as 10:40 !!!! Bom as coisas melhoraram ao saber que nosso próximo trem só teria 3a classe, bancos de madeira duros e sem ar condicionado, e sairia em 15 minutos!!!
La fomos nos correndo trocar nosso dinheiro malasiano por tailandes pra poder comprar a passagem e correr pra plataforma. Diga-se de passagem, foi melhor ter pego o trem logo porque a estação era horrível, suja, cheia de moscas, baratas e lixo! No fim, conseguimos pegar o trem e tivemos mais 8 horas de viagem pelo sul da Tailândia ate Surat Thani. Foi ate interessante ver o povo do interior, nos seus barraquinhos olhando o trem passar, ou trabalhando nas lavouras. E foi também a primeira vez que vimos um monge budista de perto, um sentou perto de nós!
Chegando lá, o ônibus que tinhamos que pegar não estava rodando mais por já ser noite, e aparentemente a unica opção era pegar um taxi ou tuk-tuk, os famosos triciclos tailandeses. Do lado de fora da estação de trem, conhecemos um casal de amigos suecos que também estavam seguindo o mesmo caminho que nos dois. Adivinha? Rachamos o tuk-tuk ate o porto pra pegarmos a balsa noturna pra uma das ilhas da costa tailandesa. Chegando no porto, jantamos e ficamos batendo papo ate a hora da balsa que saiu as 11 da noite e chegou em Ko Tao as 6 da manha. Foi nossa segunda noite viajando, mas pelo menos o barco tinha colchonetes por todo o chão, então pudemos dormir a noite toda. Algumas pessoas não fizeram o mesmo porque tinham algumas baratas passeando por lá, mas nós dois nem ligamos de tao cansados! Contando que elas nos deixassem dormir...

Chegamos em Ko Tao, um ilha que tem como carro chefe o mergulho. Com vários ótimos pontos de mergulho ao redor da ilha, ela é conhecida como um dos melhores pontos de mergulho do mundo!! Bom, nos chegamos numa guesthouse que o quarto era lá em cima do morro, e chegando lá vimos, ou a Ane viu, que estava cheio de lagartixas !! Ja que a Ane tem fobia desses "monstros", como ela chama e eram muitas no quarto, pedidos pra mudar e acabamos ficando em outro quarto de frente pra praia, no pé do morro. Muito melhor, porém mais caro :p
Enquanto negociávamos a troca do quarto, vimos uma cabeça de um bicho na água do riacho que desembocava no mar. Já ficamos de olho porque parecia grande, quando de repente o bicho nadou ate a parte rasa e vimos um lagartao gigante !!! Parecia mais um dragão de komodo, porque era do tamanho de um jacaré. Do alto onde estávamos só vimos o bicho correr pra dentro da água e em segundos desapareceu riacho adentro. Nem pensar em nadar lá, mesmo a água parecendo limpa. E como se não bastasse, enquanto eu pegava as malas do quarto antigo lá em cima do morro, alguns minutos depois, quem que eu vejo passeando bem na frente do bangalô ?? O próprio lagartao !!! Ainda bem que estávamos indo lá pra baixo !!! Fui contar pra Ane o que eu vi morro acima e adivinha o que ela viu ?? Outro lagarto !!! Mas dessa vez era um menor, do tamanho de uma iguana ou um camaleão.
A praia era bem bonita e pequena, o que da aquela sensação de praia deserta, mas depois de algumas horas fritando no sol decidimos entrar na água e vimos que o fundo era meio enlameado, meio barrento. Ainda deu pra aproveitar o dia na praia mas não foi aquela coisa que tinhamos lido e ouvido a respeito das praias da Tailândia.
A noite jantamos com os amigos suecos e combinamos de no dia seguinte cedo irmos pra outra ilha. Talvez lá veríamos aquelas praias que estávamos esperando!!

Chegamos de manha em Ko Pha Ngan. Onde três dias depois haveria a maior rave da Asia. Aproveitamos o primeiro dia pra comprar algumas roupas pra usarmos na festa. O segundo dia ficamos todos, nós e os suecos, fritando na praia. A praia era muito mais bonita que a anterior, a areia era branca e fofa e a água tinha uma temperatura bem agradável, quase morna e era bem transparente. Podíamos ver nossos pés no fundo mesmo com a água pelo pescoço. E no outro dia foi a mesma coisa, fritando na praia ate o fim da tarde quando já fomos pra preparação para a Full Moon Party, a festa da lua cheia.

Como de costume, o povo se pinta todo com cores brilhantes e usa roupas mais brilhantes ainda !! E nos não ficamos de fora !!! Pintamos as bandeiras do Brasil e da Suécia em nos quatro, com cuidado para não sujar os lençóis senão teríamos que deixar uma nota preta lá no hotel. Depois das bandeiras cada um escolheu um desenho para fazer nos outro três e em si mesmo e por fim foi desenho livre, com cada um fazendo o que mais quisesse onde quisesse. Imagina como saímos dessa neh ???
A festa foi bem divertida, com muita música, ate de manha, muita gente e atracões doidas. Vimos gente cuspindo fogo, pulando corda com a corda pegando fogo, escorregador do topo do bar ate a areia e tudo isso na praia !!! Claro que como em toda festa grande tinha muitos bêbados que tbm serviam para alegrar a galera participando dessas atracões e quase sempre tomando uns capotes. Apesar de tudo isso, não vimos um briga ou confusão, o que é bem legal. Porém no dia seguinte descobrimos que alguém entrou no nosso quarto durante a festa e roubaram o dinheiro que tínhamos guardado e nosso câmera filmadora. Por sorte não levaram as outras máquinas fotográficas que também estavam no quarto. Ficamos chateados mas aprendemos a lição de sempre manter todos os pertences de valor trancados em um lugar seguro.
No dia seguinte nos despedimos dos nossos amigos suecos e aproveitamos mais um dia de praia. A noite arrumamos a mala e dormimos cedo pra na manha seguinte viajar o dia todo de barco, ônibus e van ate outra praia bem conhecida, Phuket.


Renner & Ane Gimenes
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quarta-feira, 4 de maio de 2011

Malásia - Kuala Lumpur

Chegamos na Malásia para uma curta estada na capital, Kuala Lumpur. Ainda no aeroporto pudemos perceber a mistura de raças do pais. Vimos indianos, chineses, muçulmanos e muitos turistas.
Do aeroporto nos pegamos um ônibus para o centro de KL e de lá um Light Rail (tipo um fura-fila) ate Chinatown, no centrao da cidade. Encontramos um albergue razoável para as 3 próximas noites. Ate agora não sabemos se o/a atendente era homem ou mulher ... Eles tinham alguns bichos estranhos de estimação, uma iguana, alguns aquários com peixes grandes, pequenos, tartarugas e um peixe que mais parecia um tubarão. E pra finalizar tinham também um macaco. Bem estranho neh !!
Na primeira noite fomos na grande feira livre onde se vende artesanatos, comidas e muitos artigos falsificados, como tênis, relógios, roupas, etc. Jantamos num restaurante chines bem grande com vista pra feira.
Na manha seguinte fomos comprar nossa passagem de trem leito pra Tailândia. Acabamos comprando para a noite seguinte, o que nos deixou com dois dias para conhecermos KL. Da estação de trem seguimos para ver as Torres Petronas, cartão postal da cidade(também visto no filme A Armadilha). Infelizmente perdemos a viagem porque como ficamos passeando pelo shopping ao lado das Torres, os ingressos se esgotaram. Deixamos para o dia seguinte e fomos para um bairro chamado Little India.
Acabamos indo numa galeria com varias lojas de roupas indianas e com uma praça de alimentação com metade dos retaurantes fechados. Lá achamos um restaurante com comidas específicas de uma região da Índia, que já não lembramos qual é. A comida ate que tava boa mas tava não era lá aquelas coisas como as comidas indianas que já comemos no Brasil.
Depois, saindo desse bairro e a chuva diária do fim de tarde malasiano caindo solta, passamos por umas barraquinhas que vendiam varias bugigangas, lembrancinhas, e todas as cores e modelos de lenços muçulmanos pra cabeça!
A noite voltamos na feira e resolvemos ter um jantar saudável. Compramos uns 7 tipos de frutas diferentes, 4 delas não sabíamos nem o nome, a outra tínhamos comido em Hong Kong, mais uma manga e uma fatia de melancia. Fora uma delas que não tinha gosto de nada, estavam todas muito boas, docinhas e suculentas.
Na manha seguinte, nosso ultimo dia em KL, fomos no correio mandar um caixa de lembrancinhas que já tínhamos comprado nos outros países que passamos. De lá fomos pro mercado central da cidade que era uma versão mais chique da feira livre, onde se vendia de tudo pro turista comprar com preços bem mais altos que os da feira livre. Saindo de lá, voltamos pra estação de trem, onde já tínhamos deixado nossas bagagens durante a manha num guarda-volumes e ficamos esperando o horário do trem noturno pra Tailândia. Tínhamos uma viagem de trem de 12 horas pela frente com uma parada na fronteira. Pelo menos o trem era com camas e ate que dormimos bem durante a noite. Ao contrário da manha que nos aguardava com boas e mas surpresas já na Tailândia.


Renner & Ane Gimenes
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